12 de janeiro de 2014

Diário de um jovem escritor

Hoje nasce minha primeira oportunidade de deixar minha escrita no outro plano da vida.
São as oportunidades raras que recebemos nas escolas da superioridade.
A colônia de que venho, Casa do Jovem Escritor, é a primeira escala dos que ensaiam em versos e letras, a chance de servir ao próximo.
Mesmo que seja aprendizado, estou disposto a ofertar o que tenho de melhor, com humildade e simplicidade, mas com a fé que o progresso nesta tarefa depende do meu esforço e da minha paciência enquanto espírito em evolução.
A formação de novos médiuns é desgastante, pois muitos não têm compromisso e não acreditam que a espiritualidade tenha um plano e acompanha os encarnados que são preparados para o intercâmbio espiritual.
Os compromissos cotidianos, de trabalho, sociais e até o lazer são os entraves para que nós, trabalhadores iniciantes, consigamos um parceiro para atividade.
Alguns medianeiros desistem de pronto, quando se vêem cobrados em assiduidade, disciplina e mudança de hábitos. Muitos consideram grande esforço deixar o álcool, as festas noturnas e o estudo sistemático das próprias faculdades medianímicas.
Outros se envolvem em misticismo e acabam por encenar situações inconvenientes, usando a mediunidade para ganhar benefícios pessoais ou para suprir sua carência junto a amigos e familiares.
Outra parcela permanece em estado de latência e são usados eventualmente por entidades brincalhonas por passatempo e para terem seus fluidos absorvidos.
A maior parte das escolas de médiuns nas casas espíritas são burocráticas e hierarquizantes. Não deixam fluir a expressão dos recém-chegados, de falarem o que sentem e o que tem passado em seu processo de educação mediúnica.
É sabido que o estudo sistemático é fundamental, mas o jovem médium se sente culpado por sê-lo, como se ser médium fosse fardo, fosse a sentença final de um julgamento torturante.
O jovem médium precisa ser acolhido, aceito e respeitado. Não deve se sentir usado, tanto por encarnados quanto por desencarnados.
O jovem médium precisa ser ouvido, precisa de um grupo que possa trocar suas experiências, relatar suas visões, sonhos, vivências, sem ser considerado louco ou visto com estranhamento e censura.
Experiências mediúnicas são únicas e mesmo que haja padrões, são particulares e sentidas de maneira diferente por cada vivente.
O jovem médium precisa disciplina, mas não ser impedido de trabalhar, de ter vida social, relacionamentos afetivos e momentos de lazer.
O médium não é santo, é cumpridor de tarefa de amor e dedicação. Deve ser visto com carinho, mas sem reverência. Com compreensão, mas sem caprichos e afetações.
O jovem médium precisa praticar suas faculdades, desde que esteja em equilíbrio satisfatório e em espaço reservado e cercado pela boa intenção dos que participam das reuniões.
A mediunidade para o jovem se mistura a sua fase de descobertas, de mudanças decisivas em sua vida.
O jovem médium está em fase de testes e, para a espiritualidade, é sempre um amigo promissor.
Deposita-se em cada chama mediúnica que se acende, a esperança no trabalho bem feito, mas nem todos se assumem e se dedicam com afinco.
Cerca de 5%, apenas, chegam a cumprir trabalho relevante. tarefa é tarefa, não há diferença para nós se foram publicados livros ou recebidos prêmios por obras escritas.
Nosso primeiro compromisso é com Jesus, é levar sentimentos em forma de palavras. Depois, nosso compromisso é com a amizade, estabelecida entre os espíritos e o irmão encarnado.
A cada médium será dada a sua missão, que será diferente, mas de igual importância e valor.
Uma pintura, um conselho, uma poesia, ou uma grande palestra, tudo tem igual importância e razão de existir.
Jesus era simples, assim como devemos ser. Não é necessário pompa e soberba na atuação mediúnica. O valor está na singeleza e na profundidade e não na forma do que se apresenta.
Cada espírito tem sua forma de exprimir seus conhecimentos, mas a tarefa é somada às experiências do médium, havendo influência significativa em muitas atividades.
O trabalho é sempre em equipe, pois não há psicografia sem encarnado, desencarnado escrevente e guardiões, que cercam o espaço a fim de proteger o ambiente de influências exteriores.
Muitas das atividades mediúnicas são invisíveis às trevas, por meios que fogem ao entendimento da ciência humana, mas posso dizer que uma espécie de redoma é colocada sobre os envolvidos e tornam o trabalho oculto para os que desejam perturbar.
Para se manter a proteção para o trabalho é necessário sintonia e frequência elevada. Quando a vaidade ou a dúvida envolvem o médium, bem como a expressão de incapacidade e desvalorização da própria atividade, rompe-se o padrão e se desfaz a sintonia e as ligações construídas com forte esforço pelas mentes dos envolvidos.
A seriedade deve existir, mas a alegria de servir e a troca fraterna deve ser a tônica de qualquer trabalho mediúnico.
Na próxima psicografia irei contar como despertamos os jovens médiuns, que é um convite amigo ao trabalho na seara do bem, do Amor e da Verdade.

Amigavelmente,

Werneck, 28/12/13.

(Mensagem psicografada pela médium Julia Jenska)

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