
O exercício da paciência e da resignação raramente são praticados na vida cotidiana.
O resultado são seres envoltos na aura de insatisfação e depressão, que leva a um estado de infelicidade.
O tempo é relativo, e para a sociedade atual, em que o presente e a urgência das necessidades aprisionam as pessoas, compreender as razões e o momento dos fatos acontecerem, ou de não acontecerem, tem razão de ser.
Ora, não temos fé? Não sabemos que Deus tem seu movimento perfeito e somos seus filhos eleitos?
Compreender, aceitar e entender são exercícios para nossa evolução espiritual. Como desenvolver o nosso ser em plenitude se tudo viesse às nossas mãos no instante em que é pedido?
Controlar a ansiedade e ser grato pelo que se tem é tarefa educativa e serve de exemplo a todos ao nosso redor.
O imediatismo é conduta dos infantis, que não sabem esperar, nem preparar o solo para o porvir.
As sementes para germinar e vir a ser fruto ou flor, tem o tempo a se desenvolver.
Precisa do sol, da água e terreno fértil para brotar e crescer.
O homem do campo compreende a dinâmica de Deus, aceita o tempo e as intempéries da vida. Inspirem-se nos ciclos da natureza, como as estações do ano, o nascer das árvores e o tempo natural da vida.
Muitas vezes o que queremos hoje não é o ideal para nossa evolução e insistimos em escolhas motivados por sentimentos confusos e temporais.
Quantas vezes desejamos algo e, quando o conquistamos, notamos que a felicidade e a realização não estavam no momento da chegada, mas no trajeto que tivemos que empenhar nossas forças e qualidades.
O tempo cura as dores e abranda os ímpetos do imediatismo.
Refletir sobre as necessidades que colocamos na vida é rever a si mesmo e vislumbrar onde queremos chegar espiritualmente.
Aos poucos iremos notar que a maior necessidade é livrar-se delas para galgar maior tempo ao que de fato vale a pena para nosso crescer e amadurecer espiritual.
Empenhem-se no servir e no amar. Somente assim seremos menos ansiosos e mais felizes.
É o que Deus espera de nós! Evolução sem cessar, caminhar sem pesar, evolução sem titubear.
Alcântara, 03/04/14.
(Mensagem psicografada pela médium Júlia Jenská).